domingo, 13 de dezembro de 2009

Shougai Kaminari, Capitão do 12° Esquadrão

A teoria do caos explica simplesmente, falando sem muitos termos difíceis que certamente poucos entenderiam, que a desordem vive dentro da ordem que coexiste ao mesmo tempo em função do nada.

O nascimento de uma entidade carnal humana é feita a partir do amor (ou ódio) de seres humanos, fazendo com que algo que eles mesmos chamam de “milagre”, mas o que realmente ocorre, é a troca de espíritos e corpos.

Nascida numa cidade pequena, o pequeno Shougai Kaminari foi o único filho de um casal que se amava muito e nunca tiveram grandes conflitos entre si, formando uma casa hamoniosa.
Não eram uma família importante, eram apenas dois humildes trabalhadores, mas era uma cidade pequena, fazendo com que muitos vizinhos viessem ver a nova criança da família Shougai, e que acabou por se tornar a única da casa. A mãe dele passava o dia inteiro cuidando da casa e do pequeno ao mesmo tempo, enquanto o pai passava longas horas em um trabalho chato numa grande empresa que recém abrira na cidade. O que recompensava era que no fim do dia ele sempre abria um sorriso ao ver o fruto de seu amor brincando com a mãe no conforto e segurança da casa da qual ele tanto lutou para ter.

Anos se passaram, e o garoto teve uma infância feliz ao lado de seus pais e novos amigos. Nunca foi um garoto levado ou implicante. Para falar na verdade, ele até tinha um pouco de problema em impor seus desejos aos demais.

Estudava num colégio perto de sua casa e com certa freqüência os pais dele vinham pegá-lo. Sempre ficando próximos.

Em um dia de chuva, eles não puderam ir, o pai dele teve que trabalhar até mais tarde e a mãe estava numa entrevista de emprego para a mesma fábrica, fazendo com que o menino tivesse que voltar sozinho para casa. Mas ele sempre teve a companhia dos pais na volta e pegou caminhos diferentes, talvez para conhecer ou talvez por pura ignorância do normal para voltar para casa. Sempre esteve acompanhado dos pais e então nunca se preocupou em prestar atenção naquilo que era necessário e como era dia de chuva, não pode voltar com os colegas porque os pais deles já os tinham pego e ele ainda esperou os dele para poder voltar para casa. Mas não vieram e sendo muito tarde para perguntar se poderia acompanhá-lo.

Ele se perdeu no caminho, e como era uma cidade pequena, logo saiu da cidade e resolveu voltar, aquele caminho certamente não era pois notavelmente se via que sua casa não poderia estar no meio de uma estrada e o local não parecia muito familiar aos seus grandes olhos. Depois de muito andar, vizinhos o acharam e foi levado para casa por eles após a tempestade passar.

Chegando em casa, seus pais o abraçaram e colocaram-no logo embaixo de um chuveiro quente, para assim poder tirar aquele frio do corpo da chuva. Falaram muito sobre os atos dele e dos próprios enquanto ele se aquecia.

Dois meses se passaram e inesperadamente, um dia ele começou a tossir. Ninguém deu bola, nem ele, pensando que estava só com algo na garganta e era só engolir que passava. Mas não passou assim tão facilmente.

Algum tempo se passou, e ele começou a tossir menos esporadicamente e com maior freqüência, causando certa preocupação nos familiares que sempre estavam por perto, vendo assim, que algo de anormal estava ocorrendo. Levaram-no ao médico e foi descoberto que ele tinha pneumonia e naquela época, não tinha cura. Isso chocou muito os dois, mas o garoto, rapidamente se acostumou com o fato de que iria tossir até morrer de insuficiência dos pulmões.

A cada dia, seu corpo demonstrava mais e mais sinais de fraqueza com tudo aquilo e as noites eram mal dormidas pelo fato de tossir muito e ter que tomar seus remédios que eram muito fortes, fazendo ele cansar e dormir.

Os pais choraram muito numa noite em que ele tossiu tanto que acabou por liberar sangue pela boca, mas como estava dormindo, se afogou e nem percebeu, sendo assim uma morte “tranqüila”.

No dia seguinte, viu seus pais chorando pela casa e muitas pessoas na volta. Kaminari não sabia exatamente o porquê daquilo e então saiu da casa para perguntar para alguém, já que seus pais não o ouviam falando, dizendo que estava bem e milagrosamente não tossia mais.

Não foi muito longe em sua busca, algo pesava em seu peito, e foi quando ele viu uma corrente. Aquela corrente ligava-se na casa, não permitindo que ele saísse. Aquilo era muito estranho, porque aquele objeto estava encravado em seu peito e não era possível tirar, mesmo que ele usasse toda a sua força e o mais incrível era que não doia. Seus pais não interagiam com o garoto e então ele começou a se desesperar. Como aquilo estava acontecendo e o que exatamente ocorria naquele local? Quem colocou as correntes ali em apenas uma noite?

Naquela noite, ele gritou muito de dor, aquela corrente parecia que esmagava os órgãos dele por dentro, que cortava as juntas e que pesava mais que o de costume. Sua dor foi ouvida por um shinigami, algo que ele nem ao menos sabia o que era e então se apresentou para ele na manhã seguinte ao incomodo noturno (mesmo que fosse desconfortante aguardar no meio daqueles gritos agonizantes da alma de Kaminari).

Passou quase toda a madrugada com suas dores terríveis até que elas pararam e podia ser visto sua corrente menor e um grande cansaço em seu rosto, adormecendo logo após do esforço em se conter.

Um homem alto com inúmeras cicatrizes nos braços e rosto, cabelos arrepiados e trajando uma roupa preta no estilo samurai era a tal pessoa que o viu e foi cumprimentá-lo pela manhã. Não entendia nada daquilo e então ele o ensinou tudo até o pôr-do-sol, que foi quando ele cravou o cabo da zanpakutou na testa do garoto, mandando-o para Rukongai 40.

Por ser pequeno, foi adotado por uma família que vivia lá, eram todos diferentes, fazendo que fosse estranho usar a palavra “familiar” entre eles, mas em anos de convivência ele se acostumou àquelas pessoas que o cuidavam e protegiam grupalmente dos perigos vividos naquele lugar. Trabalhava duro numa horta que tinham atrás da moradia deles junto com os irmãos e irmãs que tinha e de tempos em tempos apareciam novos, sendo acolhidos da mesma forma que ele foi. Sentia um pouco a falta de seus pais da cidade de onde veio, que nunca mais os viu, mas as lembranças foram se perdendo ao decorrer dos anos. Passou-se tanto tempo desde que ele os viu, que já deveriam estar mortos. Mas se estavam mortos assim como ele, provavelmente estariam no mesmo lugar que ele, pensamentos que reanimaram completamente o garoto. Entretanto um fato foi esquecido, eles tinham todos os 80 distritos para morar, sem contar na seireitei, onde viviam os shinigamis.

Aquilo não o abalou, ele queria encontrar os pais e então pediu desculpas aos seus familiares e com apenas uma mochila foi a procura deles.

Tinha pedido ajuda dos de casa, mas ninguém queria enfrentar maiores problemas em outros distritos apenas para agradá-lo. Seria passar por muitos problemas para quase nada, já que as chances de reencontrá-los eram realmente muito pequenas.

Conheceu muitas pessoas pelo caminho, indo a todos os locais possível atrás daqueles que ele realmente amava e podia chamar sem problemas de “familiares”. Aos poucos a esperança de encontrá-los ia se desfazendo, pois mesmo que ele achasse o pai, quais seriam as chances de encontrar a mãe? Da mesma forma que fora lhe contado, as pessoas apareciam aleatoriamente, dificultando assim sua busca.

Cada vez descia mais nos números, e quando chegou a Rukongai 66, pôde sentir todo o perigo daquele lugar. Pessoas agressivas, pobres que roubavam e guerreiros que não tinha local ou hora para sacarem suas espadas e lutarem por horas até que uma morte fosse causada. E tudo isso ocorria ali mesmo, tendo que proteger muito bem sua pequena mochila enquanto caminhava entre aquelas pessoas e às vezes, tinha que correr para garantir a segurança de seus itens.
Seu corpo era jovem e intocado, fazendo com que os habitantes masculinos de lá tivessem idéias absurdas com o pequeno e numa noite em que dormia em troca de dinheiro de um morador ganancioso ele foi atacada por cinco homens. Naquele lugar, desde que tivessem um pouco de prazer carnal ou adrenalina no sangue por causa de um combate, nada importava do inimigo se era macho ou fêmea.

Chegava a ser incrível o nível daquelas pessoas em serem tão cegas por suas ambições que não se importavam com mais nada. Podias-se ver que eles matariam os companheiros por um punhado de dinheiro.

Correndo na noite para fugir daqueles loucos, nada os fazia parar e muito menos ele, estava assustado demais e gritava pelos nomes de seus pais enquanto chorava. E foi ouvido sons de cortes de espada e aqueles bárbaros gritando, fazendo com que Kaminari se virasse, e lá estava apenas uma pessoa de pé no meio de homens assustados com os braços sangrando.

Pensando que era aquele homem (na esperança de um herói) que conheceu em sua cidade natal, corre até lá, mas ao se aproximar pode ver claramente que era uma mulher de cabelos curtos e espetados e trajava uma roupa igual ao do homem.

Agradecendo meio constrangido por não ter força o suficiente para se proteger sem ajuda dos demais (aquilo feria seu orgulho), a shinigami que estava na frente dele simplesmente limpou o sangue de sua arma e a embainhou novamente, olhando com desgosto para os homens caídos que logo se levantaram e correram na direção em que vieram.

Conversaram enquanto voltavam para a cidade, ela era uma pessoa adorável e sabia como acalmar um jovem. Talvez também tivesse passado por aquilo quando era apenas uma alma vagando por Rukongai.

Assim que chegaram, ela logo coloca sua mão na zanpakutou pressentindo o perigo e diz para Kaminari se preparar, talvez, para o pior. Não sabendo como iria se preparar contra aquelas pessoas que o aterrorizavam, entrou numa posição de combate com os punhos levantados e os encarou. Como era de se esperar, aqueles bandidos não deixaram cortar os seus “companheiros” do grupo e deixar que qualquer um mande em “seu território”. Um combate foi iniciado no meio da noite. A shinigami fazia o possível para não matar os homens enquanto o pequeno e inexperiente garoto apenas corria para não ser abatido, sendo assim um peso para ela e ele se sentindo cada vez pior por depender de alguém e poder fazer nada.

Não tinham escapatória a não ser fugir. Já vendo isso, ele grita para ela para irem e então aquela que acompanhava o garoto de cabelos compridos e amarrados liberou o shikai e uma grande marreta apareceu nas mãos dela, fazendo o jovem Shougai se espantar e parar um pouco para apreciar aquilo, acabando por ser pego pelos homens que o perseguiam. A que estava livre lutava com sua arma mais forte sem ter tempo para ajudá-lo e no meio de gritos para se soltar das mãos masculinas, ele soltou uma pequena bola de fogo que explodiu no meio de todos, jogando ele para o lado desacordado.

Abrindo os olhos lentamente, sente que está sendo carregado nas costas de alguém, deixando-o meio aflito sobre o que havia ocorrido e pensando se por acaso foi pego de refém pelos homens. Era a sua companheira de luta que o carregava e vendo que Kaminari acordou, começou a dar instruções sobre alguma espécie de academia e treinamentos difíceis.

Seu corpo estava curado, sem nenhuma queimadura, mas a garota que a carregava estava completamente surrada e cansada, dava para ouvir em sua respiração pesada a cada passo esforçado para irem a um lugar onde tinha um gigante na frente de um portão com proporções muito maiores que a dele. E foi ai que ele se perguntou por quanto tempo esteve desacordado. Foi a primeira vez que despertou seus poderes shinigamis e ainda tinha passado a noite brigando, não era de se surpreender que estivesse exausto.

Dormiu numa cama boa naquela noite ao lado de sua salvadora após adentrarem naquele local e irem diretamente a uma grande casa e conhecer um homem que usava aquele mesmo uniforme e uma capa branca que pelo que aprendeu com o homem cheio de cicatrizes, aquele era o comandante da garota.

Parecia muito inteligente e não parecia preconceituoso ao ver o garoto que recém voltou de uma jornada perdida e então os mandou para a cama sob os seus cuidados.

Acordando agora, estava sozinho no quarto e um bilhete dizendo que ele foi inscrito para a academia shinigami estava ao seu lado. Não tinha nada contra, mas e se ele não quisesse?
Academicamente ele era horrível. Sabia poucas coisas (era preguiçoso e pouco estudava, pensando que iria se sair bem em relação aos demais por pura intuição) e em seus testes ele sempre passava por pouco. Mas uma coisa chamou sua atenção que foi a física das coisas e a teoria do caos o que fez virar um fanático e começar a fazer coisas sem sentido que num futuro, iriam ter sentido e isso ele chamava de “o poder de Deus” (mas muita gente apenas o taxava de louco, já que alguns movimentos nem chegavam a acertar o oponente).

Nas aulas de Bakudous e Hadous, ele se saia bem para impressionar e nos combates corpo-a-corpo ele era horrível pois saltitava e fazia de tudo um pouco, o que mostrava sua criatividade num combate, mas era desperdiçado pelo fato de nunca acertar e de se recusar a lutar contra uma garota. Não que tivesse preconceito, mas sabia que a força real de uma mulher é menor que a de um homem e então não tinha muita importância lutar contra uma, apenas se esquivava até cansar ou ser pego.

Imemorável foi o dia que ele lutou pela primeira vez com um rapaz maior que ele em um combate de espadas. Mal começou a luta e o garoto de cabelos avermelhados conseguiu jogar Kaminari com um movimento da mais pura força bruta. Para o professor, foi vitória para “Thanatos”, mas para ele, foi uma humilhação e então pediu outro combate, da qual o mestre dos dois permitiu, pois seria um treino a mais.

Saiu correndo na direção do seu novo inimigo e assim que ele pulou para frente e deu um ataque completamente rápido e pesado, Kaminari defendeu e deixou o peso cair para frente e nesse momento ele se orgulhou de si mesmo e ia dar na cabeça daquele que foi jogado para o lado, mas assim que se aproximou, tomou uma cotovelada que o fez tontear. Thanatos realmente sabia lutar e ele teria que provar que era superior nisso de alguma outra forma.

Em outra aula, na artilharia de Kidous, ele resolveu se aproximar e ficaram um do lado do outro, apenas mirando em seus alvos na frente, mas parecia que estavam competindo pois Thanatos atirava com força e as vezes explodia nele ou o Hadou saia voando aleatoriamente enquanto Kaminari se divertia acertando o alvo sem muitos problemas e mostrando para ele sua força.
O que ambos não sabiam enquanto disputavam entre eles era que tinha uma pessoa que os observava e ria da situação dos dois e sempre desejou lutar contra os dois, mas preferiu apenas assistir e se tornar amigo dos dois mais tarde.

Eram três amigos que as vezes disputavam por bobagem em seus tempos de folga da academia e resolveram criar um grupo chamado “Sanmi Ittai”, ou “A Trindade Divina” já que dois deles tinham nomes de deus e um de governante, o jovem Saikou.

Anos se passaram enquanto ele estudava muito para poder passar e com o tempo foi descobrindo novos poderes e compreendendo mais das coisas que o rodeavam, sendo descoberto até mesmo a existência de Hollows, criaturas impuras que viviam sofrendo por causa de sua falta de coração e suas dores diminuíam comendo outras almas, conhecidas como “Plus” que eram aqueles assim como ela só que sem o poder espiritual (não se limitando apenas a um, também eram canibais e já tinha ouvido que eles adoravam comer shinigamis por causa de seu poder espiritual elevado).
Formado e com uma zanpakutou na cintura, foi chamado pelo Soutaichou para ser um subordinado da Bantai de maior poder de combate, a 11°. Seus ataques não eram poderosos, mas ele tinha uma força grande comparado aos outros iniciantes (fruto de seu esforço para vencer Thanatos em um combate). Naquela mesma bantai foi descoberto seu shikai, algo que o Taichou de lá proibiu o uso por ser algo que vai contra o princípio shinigami, já que era feita para assustar os inimigos e isso era coisa de fracos e não podiam ser admitidas pessoas assim naquela Bantai que era conhecida pelos fortes guerreiros.

Uma voz era ouvida de vez em quando em sua cabeça, alguém que zombava dele, se mostrava superior e de vez em quando, proporcionava umas brigas (em um tamanho menor, repartindo um de seus tentáculos e deixando tomar sua forma para lutar com o pequeno enquanto o original apenas assistia). Era o seu espírito da zanpakutou que se manifestava de nome Jashin.

Tempos passaram até que ele mudou para a 3° e depois para a 7° onde se instalou por mais longos anos até se tornar o Goseki. Não gostava de comandar os outros, e foi por isso que não aceitou cargos maiores como o de Fukutaichou.

Suas habilidades e facilidade para a luta eram muito boas (já que se esforçava em mostrar movimentos difíceis e extravagantes) e num combate contra seu primeiro Allankar, enviado para a cidade de Karakura para procurar almas saborosas, ele o ataca com força total e mais seis companheiros. Todos com a shikai liberada e ele com sua zanpakutou normal. Infelizmente, todos eram sendo repelidos com apenas um movimento da criatura que parecia dançar girando e centralizando ataques e os jogando longe. Nenhum tinha chances de agüentar o inimigo até que ele resolve liberar o shikai para ver se tem alguma chance.

Criava uma estratégia na hora e mandava seus amigos atacar (usando sua posição como Goseki) enquanto ele começou a criar uma plano e liberando o segundo poder de seu shikai e fazendo seus companheiros pararem de atacar e o Allankar receber em cheio aquela rajada de ar que foi logo em seguida tomado por ataques nas costas pelos companheiros, o que quebrou completamente a concentração de Kaminari que se esforçava para criar uma estratégia, pois só na força não conseguiriam vencer.

Não sabia como ajudá-los ou derrotar o inimigo e então pediu para chamarem reforços urgentemente quando o hollow com corpo humano, o ataca e prende suas presas no ombro dele e o segurava.

Parecia que iria morrer ali e então usou a garra do shikai para apertar o braço do inimigo, mas seu braço já estava fraco pela mordida que parecia se aprofundar a cada segundo que ele permanecia preso nos membros do inimigo e seus companheiros não podiam ajudar pelos ferimentos ocorridos enquanto ele preparava seu ataque e depois por contrariarem o plano dele (afinal, não podia dizer seu plano se não o inimigo iria saber como defender).

Em extremo desespero, e quase perdendo a consciência enquanto os amigos comunicavam as pessoas da Seireitei para chamar alguém mais forte até que o mundo fica totalmente branco.
Estava num local escuro, com uma neblina e a terra embaixo de si parecia algo estranho, mas uniforme e ele parecia que estava no meio de altas paredes. Por um momento pensou que estava morto ou dentro da barriga do hollow até que ouviu uma voz ecoante e grossa que era muito estranha e perguntava o que ele estava fazendo. Não tinha uma resposta, pois não queria destruir os outros e precisava segurar o inimigo até que alguém aparecesse, mas o que ele não pensou foi no fato de que outro Allankar poderia aparecer e acabar com tudo já que aquele estava dando problema.

Contrariado e sentindo toda a pressão de saber que era fraco e não conseguia fazer aquilo, o grande espírito fala para ele pedir “por favor”. Talvez essa fosse a pior provação contra ele, pois não conseguia ser tão humilde a ponto de falar aquelas palavras e o colossal monstro sabia disso então apenas riu dele, aumentando ainda sua frustração.

Por um momento, o monstro parou e o comunicou que enquanto os dois conversavam, ele estava ainda em combate e seu corpo estava num estado de repouso temporário e se não pronunciasse aquelas palavras, iria certamente morrer.

Engolindo o seco e tentando encarar aquela criatura ele saca sua zanpakutou e crava na perna e olha para o alto e grita por ajuda.

Não parecia ser uma criatura que cedia fácil e aquilo para ele foi o suficiente para poder completar seu nome para poder ajudá-lo no combate que parecia realmente perdido e sem esperanças.

Kyoukou Jashin era enfim o nome completo de sua espada que fora liberada, e com o poder do som avantajado, e com aquela garra transformada numa grande lâmina que protegeu seu ferimento cravou na costela do inimigo a ponta de trás de sua arma e o jogou para baixo.
Não estava muito feliz porque sua entidade o fez ser humilhado e então ele colocou a lâmina em sua frente e começou a recitar uma música calma que ao invés de acalmar as almas, as atormentava mais e fez a criatura ter convulsões até que ele finalizou cortando-o.

Seus companheiros, acabaram internados na UTI da yon bantai por causa do uso de seus novos poderes e seu taichou veio o reprimir enquanto Kaminari estava numa cama se recuperando.
Confusos pelo poder dele, fora proibido, enquanto fizesse parte daquele esquadrão, de usar o bankai novamente, a menos que estivesse sozinho em combate já que aquilo afetava seus companheiros. Inicialmente por demonstrar fraqueza e depois por machucar os seus amigos.
Seus sentimentos não foram de felicidade como a maioria das pessoas sentem quando liberam o poder total e conseguem, enfim, ter uma ligação forte e uma grande compreensão de seu espírito (mesmo que em alguns momentos ele tivesse que aceitar quieto que era inferior, fisicamente e espiritualmente).

Seus métodos de combate eram estranhos e ele se esforçava em ser visto como o melhor, mais ágil e mais forte de sua bantai, mas queria comandar ninguém, apenas a si e não se preocupar com os outros e poder parar de sofrer e enfim usar seu bankai quando quisesse (ou precisasse).
Após recuperado, foi a julgamento pela ordem dos 46 sobre a posse de sua arma destrutiva e do efeito causado em seus companheiros se ele não deveria deixar de ser shinigami e entregar sua arma ou se deveria ser preso por um tempo.

Estava ele no centro naquela sala escura ouvindo a todos quieto e seu taichou argumentando as vezes contra e as vezes a favor dele, mas não queria que fosse preso. Seria melhor deixar de ser shinigami do que ser preso por ser uma grande ameaça.

As horas pareciam se arrastar para Kaminari que apenas era criticado e poucas vezes elogiado e naquele local, ele não poderia ser como era, então apenas ficava quieto ouvindo aqueles velhos que reclamavam de tudo.

Em um momento, já era de tarde quase noite e o pôr-do-sol aparecia já deixando as nuvens laranjas, mas ele só prestou atenção nisso quando seu antigo taichou da 3° adentrou no local escuro e deixou a mostra o céu que a horas não era visto e quebrando um pouco do tédio do rapaz.

Aquele homem queria dizer que aquilo tudo apesar dos problemas causados, era uma grande força a ser usada contra as criaturas mais fortes e se ele soubesse controlar, poderia ser uma ajuda enorme no controle de hollows e então outros debates se seguiram e Kaminari foi liberado para descansar, enquanto seu taichou e o da 3° discutiam o que deveria ser feito.

Estava no dormitório, no beliche debaixo enquanto pensava no que seria feito e não conseguia dormir pensando no terror que deve ser a prisão ou por voltar à vida monótona em Rukongai.
Já era de manhã quando o sono começou a vir e o seu fukutaichou o chamou para comparecer diante do taichou, sozinho e que levasse a zanpakutou. Já imaginando que iria perdê-la, a carregou na mão mesmo, e foi quando Jashin o advertiu grosseiramente soltando um amplo rugido que o fez cair no chão por um momento. Aquele ar de fraco não era para ele que sempre lutou para os outros o verem com o melhor e então ele olhou para baixo mas a criatura movimentou muito pouco seu dedo e apenas o ar usado no movimento foi o suficiente para jogar Kaminari no chão batendo as pernas no chão e caindo de costas e fazendo-o assim a reagir para mostrar que não era fraco (pois realmente sua situação era deprimente e apenas ele não via). Voltando para o seu mundo normal, ele se levanta e olha para todos e abre um sorriso mostrando que estava tudo bem e foi na direção do escritório do comandante da sua bantai com a zanpakutou na cintura.

Assim que adentrou no local, podia ser visto o taichou da terceira sentado e assim que fechou a porta, um silêncio apareceu naquele recinto, enquanto Kaminari encarava o comandante e o outro matutava em seu canto sem querer interromper.

Alguns minutos de pura tensão se passaram e o homem com a capa branca com o número sete resolve falar que ele está convidado para fazer o teste de taichou e que teria que combater os dois ali presentes, com datas já marcadas.

A besta colossal ria dentro da espada do garoto enquanto ele abria um sorriso e agradecia os dois ali presentes e que aceitava o desafio. Não pensando em pegar o cargo e sim em mostrar sua força diante dos outros.

Contou para seus dois amigos o ocorrido e eles pensaram que era besteira dele para poder se mostrar superior e assim Thanatos resolveu lutar com ele para ele tomar jeito enquanto Saikou simplesmente assistia e ria dos dois lutando. E internamente, o garoto também ria, estava feliz.
Chegado o dia do combate contra o terceiro comandante, muitos sentaram-se nas laterais da arena e observaram o combate que ocorria ali no meio da bantai inteira (já que era um combate entre dois fortes, tinham muito espaço para lutar).

O homem de cabelos compridos que comandava tudo naquele local onde batalhavam veio de frente num ataque rápido enquanto com dificuldade ele se jogou para o lado e tentou atacar o joelho dele, que com um pulo e descendo sua zanpakutou, conseguiu cortar o ombro de Kaminari, fazendo ter que liberar o shikai para que o sangramento não crescesse e assim percebendo que desde o começo o combate era sério e o mínimo erro que cometesse poderia ser morto.
O taichou começou a rir da cara dele enquanto se levantava e saia uma fumaça da garra que protegia sua mão e então disparou um som de trovão na direção do oponente que saltou para trás mas o garoto segurou a zanpakutou inimiga e a jogou para o lado e gritando com força o Hadou JuuIchi Tsuzuri Raiden ia dar um soco no inimigo, mas foi impedido por uma cabeçada que o jogou para trás.

Sua defesa era nada convencional, invés de apenas ser jogado para trás, ele girou o corpo rapidamente, fazendo como se fosse uma centrífuga e a ação fosse um pouco aparada pela pressão do ar que ficava a sua volta e pode cair de pé e já seguir o combate que infelizmente, o inimigo empunhava a zanpakutou novamente.

Vendo que ele iria dar maiores problemas, resolve liberar o shikai também e um grande tambor marrom cheio de escritas que ele desconhecia aparece embaixo do braço dele, deixando alguns confusos pois aquela “arma” parecia muito estranha. Na verdade as duas.

Não tinha como atacar se não fosse com a dentição da garra o limitando um pouco e isso era a vantagem que o inimigo precisava e assim correu na direção dele com o tambor.

Vinha correndo e sentou aquela arma no chão e deu um tapa nele, fazendo um pilar de terra subir na frente de Kaminari que por pouco não recebe o ataque no queixo e diferente de muitos que pulariam para trás para esquivar, ele se jogou para frente, recebendo o ataque na barriga, mas era grande o suficiente para ficar de cima.

O taichou da terceira permanecia batendo em sua arma e tocando uma música enquanto Kaminari desviava ou recebia os ataques até que ele aproveita um bom ângulo e liberasse assim o segundo poder de sua arma e atirando no meio do tambor e logo após usando seu braço livre para soltar o Bakudou RokuJuuIchi Rikujyou Kourou e o impossibilitando de ir pegar sua arma de volta.

A vitória estava feita, era só imobilizá-lo ou desacordá-lo agora (seria realmente bom se ele admitisse derrota) e enquanto descia o pilar para finalizar, só pode ouvir as palavras de “bankai”.
O tambor que estava jogado num canto virou um golem de uns quatro metros carregando um tambor que fez o inimigo do dono daquela arma parar e ficar com um fascínio horrorizado nos olhos ao encarar aquele monstro.

Aquela enorme criatura correu em linha reta tentando bater com o tambor no corpo do jovem enquanto ele tentava ficar o mais próximo possível do corpo do monstro e golpeava quando após ele atacar, tendo assim chance de dar sua investida.

O que ele não percebeu foi o fato do taichou da terceira estar se liberando de seu poder e já estava de braços cruzados olhando para Kaminari que ouviu a risada vitoriosa do inimigo e que sem escolha gritou bankai também, mas antes que pudesse surtir efeito, o homem trespassou o ombro dele com um byakurai que mesmo o bankai não pode fechar o ferimento e deixou o braço inutilizado e teve que admitir derrota.

Virando poeira o golem desapareceu e a zanpakutou apareceu novamente nas mãos daquele homem vitorioso que a guardava na bainha e ia até Kaminari e levantava a mão dele e dizia que lutou muito bem e não deveria ter vergonha de poder, pois conseguiu fazê-lo liberar o bankai e isso é coisa que poucos conseguiram fazer.

Assim que saiu, seus amigos foram consolá-lo e o incentivaram (isso realmente o fazia se sentir bem) e ele começou a teimar dizendo que podia ficar melhor e deveria ser taichou.

Sua jornada começou no momento em que ele teve que parar de pedir combates para mostrar sua força contra Thanatos e começou a desafiar o seu próprio taichou para combates em algum local onde ninguém pudesse ver e assim ele fosse aprender algumas técnicas e ficar mais forte já que tinha um nível de combate de fukutaichou.

Meses se passaram quando o taichou o indicou novamente para o posto mesmo posto da qual ele pertencia e o Soutaichou permitiu já que mais dois aceitaram-no para refazer o teste, tendo que lutar contra os mesmos de antes, e era isso que ele queria. Antes que saíssem foi organizado que ele apenas lutaria contra o da terceira simplesmente porque já tinha vencido o seu taichou (secretamente, mas era válido).

Estava com uma vontade enorme de confrontá-lo no momento em que saiu e fez questão de ir dormir cedo para usar toda sua energia no dia seguinte que sucederia em sua ascensão ao poder.
A manhã estava calma e ele penteava seu cabelo e depois os colocava enrolados em suas fitas e se preparava para o combate, certo de que venceria.

Enquanto ia para o local, pensava nos anos que passou na academia sendo reprovado e os combates perdidos contra Thanatos e nos empatados e acirrados contra Saikou. Olhou para sua zanpakutou guardada e disse para Jashen que iria vencer e não teve resposta da criatura.
Adentrando na san bantai, viu o taichou com a sua arma na cintura enquanto os já tinham muito sentados observando ele entrando. Alguns aplaudiam e outros o encaravam e isso fazia ele se sentir o máximo.

Cumprimento-o normalmente e sacou sua arma, já liberando o bankai e fazendo-o rir muito, mas liberou o bankai para não ter perigo de perder assim de começo sem nem ao menos reagir contra o perdedor da antiga luta entre eles, mas vencedor secreto contra o companheiro.

Aquele golem frenético correu na direção de Kaminari que usou de forma errada o Bakudou HachiJuuSan Tozansho e prendeu a criatura no meio da pirâmide e o dono dela, surpreso pela escapatória rápida do garoto, desfez o bankai e liberou o shikai logo em seguida e começou a estapear sem ritmo, apenas querendo acertá-lo.

Mas ele já tinha preparado algo contra ele, sai usando o Shumpou para qualquer lado enquanto dava um corte no inimigo que desviou apenas se jogando para o lado e continuou batendo em seu tambor.

Kaminari ria alto enquanto o céu escurecia de repente e algumas pessoas começavam a gritar, mas não saiam de seus lugares, apenas se levantavam. O garoto com a mão oculta invocou um tornado que apareceu no meio do taichou da terceira, portanto, estava em segurança enquanto estivesse no olho do furacão.

Desfazendo o bankai e guardando a zanpakutou na cintura, ele olha para o homem atacado e vê apenas uma cúpula de pedra que o segurou lá dentro, mas o poder espiritual lá de dentro estava reduzido, fazendo com que o taichou da sétima terminasse a luta, concedendo a vitória para Kaminari que usou a inteligência para vencer alguém mais forte que ele.

O Soutaichou o convocou junto dos demais taichou e, curvado, recebeu a capa branca e o respeito dele.

Agora fazia parte dos mais poderosos da Seireitei e deveria fazer a paz reinar enquanto ele vestisse aquela capa branca. Mas claro, inicialmente se exibir para os outros e mostrar para todos que foi superior, mas nunca esquecendo do fato de ter perdido para aquele homem e assim, respeitando-o e nunca tocando no assunto do teste refeito pela segunda vez.

2 comentários:

  1. kaminari e orgulhoso e tambem humilde ao msm tempo

    de alguma maneira acho q ele se ''korronpeu''
    de fato qnd passou a querer o cargo de taichou
    nao acha?

    ''o poder corronpe''

    gostei mt(me identifiko um poko kom kaminari ao passo q valorizo mt a humildade)

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  2. korronpeu? /puts
    mas a hist eh legal msm

    Ori

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