quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Akakotsu Sajin, o Baphomet

Em épocas antigas, quando os templários ainda cavalgavam procurando converter pessoas para a religião deles na base da justiça de suas espadas, secretamente (sendo depois descoberta) a religião de Baphomet. Muitos se sentiram ameaçados e diziam que aquilo era obra do demônio, mas na verdade, o verdadeiro Baphomet era um deus que representava a união do homem, da mulher e do animal, ou seja, a união que representava a perfeição carnal dos “seres vivos”.


De tanto taxarem de demoníaco a pobre criatura, um outro deus o viu de outra forma e assim como os humanos (que foram feitos à sua imagem e semelhança) e procurou firmemente que o deus da união fizesse algo errado, e quando o fizesse, o mandaria direto para o submundo junto com os outros deuses.


Sentindo-se ameaçado, ele resolveu pedir para seus fiéis se armarem e treinarem para a guerra, que em breve, algo de ruim iria acontecer com ele, sem piedade e misericórdia. Muitos aldeões se assustaram com tal ato vindo de um ser pacífico que apenas dizia para eles respeitarem os cinco elementos e as criaturas que faziam o mundo girar de forma natural e sem distúrbios.


Baphomet com seu ato de proteção da premunição, fez com que aquele Deus que o observava seguidamente, visse o ato como um anuncia de agressividade da parte do deus animal/humano. Todos se assustaram quando paladinos apareceram em suas aldeias procurando por fiéis e tentando convertê-los, mas que foi atacada para defesa, a profecia do deus fora feita e agora muitas vidas foram desperdiçadas.


Outros deuses, que dominavam outros locais acabaram por ver aquilo e reagir em prol ao Deus que observava de tocaia, e assim mandaram todos juntos para o submundo e fizeram com que seus fiéis de todas as regiões vissem a criatura como um animal grotesco que trazia mau agouro e maldições, assim como ia contra os deuses por causa de sua “tentativa de ataque”. Ninguém nunca perguntou o porquê ele resolveria atacar os deuses, sendo que ele/ela já era um.


No mundo inferior, o animal era uma criatura odiada por uns e cobiçada por outros e foi terrível a vida que o ex-deus levava por aquele local. Não podia confiar em ninguém e era sempre taxado ou esculachado por algum demoniozinho ridículo. Ele conseguiu sobreviver graças a sua força, mas não de um deus, e sim de ser a união de todos os animais que se movessem e foi isso que chamou a atenção de um dos deuses do inferno, que o convocou para perguntar se ele não queria fazer parte da liderança de tal local. Ela/ele respondeu com um não e foi mandado de volta para o local onde residia.


A vida por lá era difícil e seus poderes divinos que foram tirados, sua vida eterna também se fora, e sem esperanças, resolveu ser abusado e morto por qualquer demônio que aparecesse perto dele/dela e assim poder usar suas últimas forças para segurar a cria até o nascimento.


Nascida uma nova vida, mas não tinha nenhum sinal da divindade do corpo de Baphomet, era apenas um demônio como qualquer outro, só que com o sangue de um antigo deus que agora já morto, em suas veias. Não conseguiria sobreviver sozinho, e então resolveu comer os pedaços de sua mãe e morar com os pelos de seu pai e a proteção dos ossos do crânio de animal. Essa cria, aos poucos ia se tornando uma criatura maior e mais forte, e com certo esforço, conseguiu se integrar juntos com os outros demônios em suas formações.


Visto por todos como apenas outro demônio, não foi difícil conseguir a integração social, mas aqueles com que se relacionava, descobriam o sangue divino e agrediam o filhote bastardo. Vivia a base de ajudas (sempre em troca de alguma outra coisa, mesmo que o próprio corpo, pois nunca conseguiu se estabilizar como uma entidade poderosa) e esconderijos.


Num certo dia, o animal conseguiu se encontrar com semelhante, um demônio que perdera os pais num massacre e agora vivia abandonado e sozinho. Unindo forças eles conseguiram ajudar um ao outro, até que foi traído pelo companheiro para ele conseguir uma vida melhor, esse for o maior erro dele, confiar em um demônio puro.


Anos se passaram até que conseguiu um parceiro e pode ser aceito pelo que era talvez o demônio com a qual se encontrasse não tivesse problemas com o que a criatura era e assim, pode acasalar e ter um filho, que dessa vez, conheceria a mãe e o pai.


Sajin seria o nome dele por acharem ele bonito e ser misto, e como o pai era um demônio da raça dos vermelhos (um dos mais poderosos e conhecidos, talvez por esse motivo aceitasse a mãe do pequeno demônio, pois ela era mais uma entre muitas e seria caridade, apenas, engravidá-la) ele recebeu o sobrenome de Akakotsu (osso vermelho). Viveu longos anos com seus pais, até que sua mãe foi agredida e morta pelo pai em sua frente, mostrando para ele que não deveria mostrar fraqueza perante qualquer ser que seja ainda mais num local onde só existem seres semelhantes à pessoa que o falava.


Quando teve idade o suficiente, saiu de casa tentando sem sucesso a matar seu pai, não em vingança de sua mãe, mas por apenas mostrar que era forte como um demônio filho de um dos vermelhos. O pai não foi procurá-lo, apenas deixou que saísse para morrer n rua. Decepcionado por ter falhado, foi embora e começou uma procura por locais onde pudesse conseguir dinheiro naquele local árido e feio.


Em um bar localizado numa das extremidades do local onde viviam, ele adentrou e tentou se socializar com alguns homens que ficavam lá procurando empregar jovens e ingênuas criaturas para poder fazerem trabalhos difíceis que apenas um tolo ousaria correr o risco.


As necessidades eram grandes, e ele aceitou o emprego, desde que pagassem antes. Indo atrás de uma relíquia que ficava guardada por um ninho de vespas amaldiçoadas que tinham um ferrão do tamanho de um braço humano e eram muito venenosas. O caminho era difícil e escuro, da qual com apenas uma tocha ele conseguiu chegar até seu destino, um buraco cheio de insetos esperando para matá-lo.


Ele usou de toda sua força bruta para segurar os ferrões e jogar contra elas e até chegou a colocar fogo numa vespa e a jogou nas outras junto com a tocha e isso fez uma reação em cadeia formando uma parede de fogo.


O demônio Sajin já estava cansado e conseguiu a façanha de não ser envenenado, com apenas algumas ranhuras das patas das criaturas, um cheiro horrível do líquido vital delas e algumas queimaduras, ele voltou para a comunidade onde ficava e largou lá a relíquia que era esperada, um espelho dourado que abria portais para o outro mundo, o mundo dos humanos.


Só sabendo da existência de tal poder quando já estava nas mãos do seu contratante que ele pegou o dinheiro e foi se cuidar, mas uma duvida permaneceu em sua mente:”como seria o mundo real? Será que também eram agressivos daquela forma onde temos que ter cuidado a todo e qualquer momento?”


Meses se passaram até que pudesse se recuperar totalmente de tudo aquilo, e assim, Sajin foi até o mesmo homem que o contratara daquela vez e pediu um novo emprego, da qual foi aceito rapidamente para uma nova jornada, mas não era isso que ele queria realmente. Ele queria ir para o outro mundo.


Seguindo sorrateiramente o homem (conhecido por lá como Hanabi, o espadachim explosivo) até sua residência, o que só se tornou possível graças a uma transformação de seu próprio corpo em um ser diferente, que era magro e comprido e fazendo com que o homem não o reconhecesse. Assim que chegou até a casa de seu contratante, ele seguiu um outro caminho como apenas alguém que passava por ali e esperou o tempo passar, já que as missões custavam muito tempo para serem completadas e seria estranho ele já aparecer.


Transformando-se novamente em sua forma original, foi até a casa e não pensou duas vezes antes de arrombar a porta e procurar rapidamente pelo item que esperava encontrar. Sua estratégia era primária, e Hanabi apareceu com uma espada em chamas na frente dele, onde apenas riu e já foi atacando. Enquanto desviava com certa dificuldade do homem de olhos brancos, esbarrava de propósito na casa para danificá-la e poder receber seu item. A cada ataque, ele suspirava pela sua sorte de conseguir manter-se vivo e talvez por ser filho de um dos vermelhos. Dando as costas para o inimigo para ir atrás do item desejado, ele teve um pedaço da cauda cortada, onde explodiu em chamas. A dor foi segurada, pois no momento ele conseguiu avistar o que ele tanto cobiçava no segundo andar, o espelho. Correndo, ele pegou e então se transformou novamente naquela criatura esquelética que antes seguia o homem que estava caçando-o pela casa. Colocando o espelho na boca, ele correu até com certa dificuldade pela dor e por seu corpo não ser próprio para correr, a estrutura óssea não era feita para aquilo, aquele era um corpo de um carniceiro.


Não sabia ao certo como liberar os poderes daquele espelho, pois afinal, ele só sabia era brigar em sua vida. E foi isso que o fez procurar seu pai novamente, alguém daquela patente certamente saberia como utilizar os poderes de um mero espelho e possivelmente ele já teria visto o mundo dos humanos diversas vezes.


Correndo de tudo que o afligia naquele momento, chegando em sua antiga casa, agora, residência única e particular de seu pai. Entrando meio cansado, estava lá ele, sentado numa poltrona e bebendo algum vinho qualquer ou sangue de um ser que tivera o azar de ser sua presa apenas vendo a noite entrando pela janela.

Afobado, ele pergunta como conseguiria usar aquilo, e com um sorriso ele responde que o objeto era um item poderoso e deveria ser usado com cuidado, pois abria as dimensões. Ciente dos riscos, ele pede para o pai liberar para ele, que apenas estendendo a mão para ele, o espelho brilha e suga o demônio Sajin para dentro.


Quebrando-se logo em seguida.

Ele acabou por parar em uma torre enorme e vermelha, a grande Torre de Tokyo. Admirando o local, ele vê tudo ao redor, todas as lojas e residências humanas, os carros e os próprios humanos lá embaixo. Mas após alguns minutos de admiração, ele nota que não tem nada em mãos. E pensando bem, ficar na forma de uma criatura gigante metade homem, mulher e bode poderia assustar os moradores, não que ele se importasse, mas seria melhor para ele não ter mais pessoas atrás dele.


Ele então joga-se do alto da torre e abre suas asas, que não serviam para voar, apenas para planar, pois seu peso era muito grande. E chegando quase em cima de uma casa, ele transforma-se num humano.


O telhado fora completamente arrebentado e houve um tremor no local, acordando a única pessoa que morava naquela casa, uma garota pequena de cabelo de duas cores que estava recém saindo do banho. Ele estava caído no chão dela com um monte de telhas por cima e por baixo de seu corpo, humano. Ela se desesperou e foi ver o que aconteceu com ele, estavam ambos pelados e ele recém caiu do céu. Impossível ser um ladrão pois ela morava no último andar de um apartamento de quatro andares.


Sajin acordou e já era dia, e estava numa cama de casal e a garota não estava por lá, podia-se apenas ver que um vulto passava de um cômodo a outro. Sentando-se na cama e colocando a mão na cabeça, ele tenta recordar o que ocorreu com ele até que a garota entra no quarto com um avental branco e dá para ele um prato com um cereal, não era uma coisa sofisticada, mas era rápido e tirava a fome.


Agradecendo pela refeição, eles têm uma conversa rápida até o momento em que ela tem que dar uma brusca saída para ir estudar. O nome dela era “Ai” que significava “amor” e era uma típica adolescente japonesa que saiu do campo para conseguir estudos e trabalho na área urbana. Ela ofereceu a ajuda dela para ele enquanto ele estivesse por ali e poderia ficar o tempo que fosse necessário.


Dois dias depois, ele já estava curado e tinha uma relação meio próxima da garota, talvez pelo fato dela morar sozinha e ter que estudar e trabalhar. Mas ele tinha que voltar, aquela falta que ele fez no mundo original dele já teria o efeito de um tranqüilizante ou um esquecimento ligeiro de seus atos, apenas teria que ter a atenção redobrada com o caso de Hanabi ter contratado alguém ou o próprio ir atrás dele. Mas como ele poderia voltar?


O demônio falou com a garota quando essa chegou em casa, e rindo um pouco, ela perguntou se ele era satanista, mas não sabia como responder, então ele com muitos argumentos para acalmá-la, resolveu se transformar em sua forma original. Claro que ele não coube dentro da casa dela, ficando um pouco apertado, e talvez isso fez com que abafasse o grito que ela soltou. Voltando em sua forma humana, agora com roupas rasgadas e alargadas (que eram de Ai), deixando ele semi-nu. Ela demora um pouco para se acostumar com aquilo tudo, até que eles passam a madrugada inteira discutindo todos os atos e como era o Makai. Ela pareceu convencida e disse que ia procurar alguns livros na biblioteca ou ir a algum computador público. Obviamente não existia nenhum livro sobre aquilo na biblioteca da escola dela, e então ela foi com ele numa manhã procurar na internet essas coisas. Alguns vizinhos viram os dois, e até brincaram com ela perguntando se o homem que a acompanhava era o namorado dela.


Como ela não tinha muito tempo, ensinou rápido para ele como se usava um computador e ele pesquisou a tarde toda (causando problemas financeiros para a garota que agora além de gastar com dois, gastava também com o uso do computador) e descobriu algo como um ritual.


Esperando por ela na frente do apartamento, ficou até de madrugada até que ela voltou do serviço e abriu a porta para ambos entrarem. E assim ele a ensinou como proceder ao ritual que o mandaria novamente para o local onde estava pela última vez no outro mundo.


Uma luz meio roxa e meio vermelha invadiu o apartamento e o corpo de Sajin começou a se despedaçar a tal ponto que foi tragado pelo pentagrama onde estava em cima.


Ai ficou um pouco triste pela ida do homem que estava junto dela por algum tempo significativo e foi o único amigo que ela tivera depois de tanto tempo, não que ela não tivesse no trabalho ou na escola em que cursava, mas não tinha laços tão fortes com aqueles que a rodeavam.


Estava novamente me sua casa e seu pai não estava lá. Ele então se transformou em sua forma original de Baphomet e saiu pela porta da frente da casa, em busca de um poder maior.


Ele continuou indo naquele local para conseguir emprego e via às vezes Hanabi, mas parecia que ele tinha esquecido o ocorrido (já que o espelho estava quebrado, que utilidade teria tirar a vida um ladrão pobre?) e os serviços seguiam normalmente.


Em um momento, um homem alto e forte chegou no recinto, usando apenas uma capa negra com pedras brancas que ficavam em uma espécie de ombreira. Ele tinha olhos completamente pretos e uma barba longa e procurava por algo. Sajin rapidamente se apronta para pegar o trabalho e o velho homem, porém ameaçador, diz para ele ir para o outro mundo e trazer a vida a alma de um padre que o causava muitos problemas. Dando apenas uma foice negra com uma lâmina que era curva como uma meia lua e o levando até um local reservado, ele libera um portal azul que o levava até o alto da torre de Tokyo novamente. Aquele local devia ser um ponto de encontro de dimensões.


O padre se chamava “Mateus” e era uma pessoa renomada que vivia ali por perto e o velho contou que era um homem com fortes poderes mágicos e talvez até divinos, mas eram só boatos, o importante era que o próprio não conseguiu dar um fim em Mateus.


Sajin pensa em ir na casa da garota, mas pensa melhor que não deveria criar laços com humanos. A busca durou em torno de oito dias, vivendo a base de sua forma carniceira comendo restou de animais, lixos espalhados pela cidade e algumas vezes de humanos pobres que viviam na jogados na calçada.


O padre Mateus Saint Guardian Jizou ficava numa catedral que fica próxima a escola de Ai. Como era noite, ele esperava que o padre estivesse em sua casa ou que fosse um daqueles que moram na igreja (coisa de cidade pequena, mas sempre tem um ou outro). Ele entrou por uma janela e deixou entrar a luz da noite, sua sombra no chão com a foice em mãos era um tanto quanto assustadora e então, se escondeu nas sombras, esperando pelo padre vir. Mas nada.


Ficando até de manhã, que foi quando entrou um homem muito parecido com o velho que o contratou, se não fosse pela batina e a falta de barba, até diria que era ele mesmo. Aquele com certeza era o alvo, e foi ai que Sajin saltou do segundo andar, caindo com força no chão e mostrando todo o seu tamanho e agressividade para assustar e talvez, acabar ali mesmo. Mas o homem não se amedrontou. Ele sacou um par de adagas que tinha o formato de uma cruz, e cravou na perna do demônio que o caçava. Com um sorriso, ele começou uma sequencia de ataques onde o monstro não pode revidar apenas defender com a arma que carregava. Aquelas faquinhas não eram tão fortes, mas causavam certa queimadura no local onde tocavam e Mateus era habilidoso com elas.


O jovem Akakotsu teve que jogar a arma nele para ter uma chance de fugir, onde virou um lobo, a primeira vez que se transformava naquilo, mantendo uma certa semelhança com a forma humana, para depois poder se transformar mais facilmente.


Pulando de casa em casa e correndo numa velocidade tremenda apesar das feridas, ele correu até a frente do colégio de Ai e chegando lá na frente, transformou-se me humano. Muitas pessoas gritaram ao ver um lobisomem virar um homem nu cheio de feridas adentrando numa escola. O pátio estava repleto de estudantes que o olhavam aterrorizados, pensando que era um assassino, mas quando caiu no chão, foi ouvido um grito e uma garota correu em socorro dele.


A garota que antes o tinha salvo, estava ali com ele novamente. Ela o deixou na enfermaria e assim que acabou a aula, ligou para o trabalho para dizer que iria faltar, e então o levou para casa com roupas que tivera que pedir a um colega.


Na casa dela, ela tratou dele novamente e fez regras, onde ele deveria avisar quando viesse e deu uma chave para ele poder entrar na casa dela para se refugiar quando não desse para contatá-la.


O padre purificou a foice e a destruiu, e agora estava atrás de um homem de cabelos escorridos para trás com uma cruz na testa, que foi o incidente que ele viu na televisão. Com uma gargalhada, ele afiou suas lâminas e começou uma caça ao caçador de padres.

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