terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Charlotte Piper, Uma Succubus no Castelo Real

Sua mística existência teve origem nos desejos luxuriantes dos humanos, que sonhavam tantas vezes com perversões das mais íntimas ou sujas. Charlotte nasceu do acúmulo de ideias que sondavam os céus noturnos, tomada já com um corpo de adulta e com uma mente vingativa e sedutora, sendo infantil em diversos casos por desconhecer tudo além dos objetivos prazerosos e traiçoeiro dos humanos, tornando-a apenas um objeto desgraçado.

Pulava de sono em sono, seduzindo homens e mulheres, a fim de tirá-los a vida após alguns momentos de prazer, ou simplesmente por ver a insatisfação de suas faces incrédulas diante de seus fetiches contraditórios e anormais. Tinha prazer, acima de tudo, em estudar a reação humana, pois tudo aquilo que tanto sonhavam em ser ou fazer, agora vinha contra si, machucando-os, torturando-os e excitando-os até os limites do pesadelo e fazendo com que acordassem com um sentimento estranho.

Ria ao fugir por entre as dimensões, usando suas mãos que tinham tal poder (que mais tarde iria por agir em todo seu corpo) enquanto salivava pelo desejo de mais e relembrava os atos e os dizeres de suas presas.

Abusava tanto de tal poder, que certa vez, em um erro dimensional, acabou por encontrar um combate entre duas criaturas estranhas que se estraçalhavam a bocadas, mas logo se recuperavam, continuando a luta como se voltassem no tempo e estivessem perfeitas. Era surpreendente vê-los e assim, sentou e assistiu como faziam suas técnicas, aprendendo apenas no olhar e treinando secretamente para si.

Sempre que terminava suas diversões com os humanos, fazia de passatempo assistir aos combates das feras que lutavam supostamente sozinhas numa dimensão “somente suas”, desconhecendo que haviam outros com poderes de adentrar em tais “mundos”. Fez disso por anos, divertindo-se enquanto recuperava o corpo com descanso, como alguém que assiste a um filme de ação.

Notando que aqueles seres estavam começando a enfraquecer, pareciam cansados e envelhecidos, por mais que usassem habilidades para trazer semelhantes para substituir seu lugar naquele mundo. Aproximou-se pela primeira vez, como uma criança curiosa ao brinquedo de outra. O animal virou-se raivoso e o outro agarrou-se no pescoço do inimigo, caindo gorgolejante pelo sangue arroxeado que no momento em que tocava o chão, secava e virava uma espécie de pasta com casca quebradiça.

Não vendo outra opção se não lutar por sua vida (ou o que pudesse chamar de existência), notou que o ser agarrava a si mesmo e puxava de seu peito um novo herdeiro, parecido consigo e logo ambos iam para cima dela. Assim entendia que aquele monstro que ele sempre lutava era a si mesmo, treinando com um adversário que conhecia todas suas habilidades e movimentos. O envelhecimento e cansaço era dado por si próprio e com o acúmulo de anos.

Logo que viu que não daria conta, desarmada, contra dois adversário que tinham habilidades semelhantes, logo abriu uma fenda no espaço e surgiu, como que do nada, numa rua em Herantia, uma garota corria com suas vestes chamativas e sedutoras, que grandes passos grosseiros a seguiam e ninguém via o que era.

Ela olhava para trás e via as duas feras que eram como uma mistura de lobo com lagarto a seguindo e ninguém notava sua fisionomia. Não havia lugar para se esconder, mesmo na troca de dimensões ou por ali, o máximo que podia fazer era esperar que algum ser com os mesmos poderes ajudassem-na.

As pessoas, assustadas pela correria e a barulheira que a seguia, assim como um rastro de destruição, chamaram ajuda dos Schneiders que obedeciam à princesa do reino. Todos estavam em missão ou impossibilitados de assumir tal missão e com grande honra para aquelas pessoas, a princesa em pessoa colocou-se a assumir aquela briga invisível. Sua velocidade era comparável a de Charlotte, que logo corriam lado-a-lado. Vendo a princesa e não sabendo se via ou não o monstro, logo ela puxou a dimensão para o lado, gritando “Golden Golem” e chutando a dimensão para quebra-la. Isso fez com que a criatura caísse no chão com a mudança repentina e nisso, Galatea notou que algo a perseguia e fez um movimento cego com sua Claymore, decepando a perna do monstro.

Ele parecia ter treinado a vida inteira para aquele momento, pois após a perda da perna, seu corpo se enrugou e morreu. Aquele não era o verdadeiro. O real, pulava atrás da princesa em um ataque surpresa e agarrava a Charlotte, que colocava-se no caminho daquela pessoa indigna da morte. Cravando suas garras nas laterais do corpo da Sucubbus, que gritou de dor e logo morreu. Vendo agora que algo suspendia a garota no ar, usou apenas um único ataque para que houvesse um fim naquela fera.

Fora possível ver o monstro, que caía pesadamente no chão. Seu sangue tinha o mesmo jeito do que acontecia na fenda dimensional e aquilo era uma surpresa para muitos que observavam com esplendor e incredulidade o combate.

Charlotte caía por entre os dedos do ser e Galatea via que não havia o que fazer, mas algo aconteceu, uma segunda saia do corpo morto, como se nada tivesse acontecido. Ela tocava em seu corpo a fim de ver se havia algum ferimento, mas estava completamente perfeita, até sua chamativa roupa estava em ordem. Vendo que aquela criatura sobrenatural ajudou-a a derrotar um inimigo maior, aproximou-se do corpo do monstro e puxou um dos ossos dele, dando a ela e virando-se para um homem, mandando que fizesse a arma que ela quisesse com propriedades mágicas especiais para seu estilo de combate, pois ela seria a nova servente e Schneider sua.

Houveram alguns meses de aprendizado nas artes da guerra, diplomacia e perdas de costumes mal vistos pela sociedade, mas com esse pouco tempo, tornou-se uma boa guerreira com algumas manias debochadas.

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